É uma luz que se acende por entre peças
Tão estáticas quando gotas de água escorrem nessas
Estradas da vida onde só eu passo tão subtilmente
Navegando por becos não mais habitados por gente
Tornei-me um mutante em vias de se transformar
E fechando veemente os olhos começa a divagar
A ouvir as cascatas que tentam fugir deste vazio
Agora só as minhas lágrimas enchem o rio
De poluição e sofrimento que aparece assim do nada
Insistem em perturbar esta fantasia em que uma fada
Surge para tentar mudar o meu mundo virtual
No qual aparece mais uma luz para suspender este mal
Não, é apenas algo que me solicita uma informação
Um sinal vindo da minha parte como um ladrão
Que tenta possuir o pedaço terminal vindo de mim
Pressinto que a vida foi criada para ser assim
E nela os ricos ingerem a restante sabedoria
Que guia um mendigo a quebrar esta melancolia
E mijo na água simplesmente para a fazer crescer
Sei que dar um pouco de mim é tudo o que tenho a fazer
O líquido deste pequeno regato corre para o mar
Tão previsível a minha ideia submissa e vulgar
Entro agora num desvio onde há automóveis
Que passam a cem à hora sendo puramente imóveis
Pisca também uma nova luz, talvez uma novidade
Desiludo-me quando vejo que é uma demonstração de que me encontro nesta inútil cidade...
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