*Pearl_Jam_Black

domingo, 18 de abril de 2010

Batalha(s)

E se me apanho a divagar em órbitas diametralmente inversas?
Nem queiras saber!
Facto é que já não me encontro no mundo que criei
"Aquele" feito de vidros duplos em que me encontrava comportada
E onde balas vindas de tropas inimigas faziam ricochete
Nada me atingia...
Quis ser heroína e combater finalmente sem escudos
Abri as portas espirituais e derrubei muros
Mas esqueci-me de afinar a mira e treinar as tácticas
Com espontaneidade ataco, mas não me defendo...
E surges num rompante tão malévolo
Invades meu território sem escrúpulos ou diplomacias
Simplesmente porque eu o permiti...
E agora dizes querer sair, e eu sei que queres...
Ora isto sem antes quebrares os restantes ossos que a nuvem do meu cadáver ainda possui
E em meus olhos insistes em penetrar como um mestre que contra-ataca com truques que paralisam e hipnose barata
Eis que compro o manual de auto-defesa e adquiro a espada sagrada
Desbotada de sangue e purificada com imunidade
Agora aniquilo teu rasto de perseguição e sadismo
Onde me propus inegavelmente a ser tua mártir
E deixo-te seguir rumo à cidade que consideras ser santa
Que te leva ao futuro e à felicidade inefável
E eu sorrio... pois sei que já não há mais motivos para derramar uma única semi-lágrima
Parte o teu corpo extasiado de raiva e já sem vida e eu volto a nascer para mais guerras que hão-de surgir...

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