E ela disse isto:
"Neste momento, quero me libertar dos sentimentos que me "prendem" o caminho iluminado. Quero o impossível, e, por isso, vejo-me na escuridão. Queria pensar de forma simplificada de maneira a atingir este fim inalcançável. Sinto-me "presa", com falta de recursos. Estou farta disto! Busco um sentido... E tudo isto para me sentir realizada, coisa que há muito tempo não sinto. O que vejo à minha volta é que vivemos num mundo de ilusão. Porque é que choro quando já há muito "aprendi" que as pessoas que me cercam são todas iguais e se alimentam de almas atraiçoadas? E parece que tenho prazer em transbordar este sofrimento!
O medo da morte instala-se em mim. Cessa também o meu ideal juvenil que crê veemente na imortalidade. Mas olho para o lado, e as pessoas já não estão lá. E dói... Desapareceram por entre o nevoeiro que ofusca a minha visão. E fico receosa que as próximas pessoas a partir sejam aquelas que mais amo. E doí ainda mais... Para quê tanta lamentação, tanta procura, se sempre soubemos o final?"
by Joana Magalhães
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