*Pearl_Jam_Black

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Procura sem fim

Às vezes paro, às vezes paro e corro
Sempre à espera daquele pedido de socorro
Que tanto procuro, mas nunca vem
Abro os olhos e vejo que sofro como ninguém
Aprendo que o oásis não está no deserto
Há que ver a realidade sempre num tom encoberto
É este sentimento interrogativo que me destrói
A cada momento que passa é uma lágrima que me corrói
Tudo se assemelha à gardénia que nasce do nada
Arbusto espinhoso que dá belas flores como de manada
E eu não quero confinar as coisas más da minha existência
Mas sim aprender a lidar de forma positiva com esta vivência
Porque a avidez nunca irá ter un fim
Ela está sempre presente em mim
Assim vou murmurando rastilhos de amargura
Até ao dia em que encontrar pedaços de ternura
Sorrisos, olhares, pensamentos, amplexos
Que permanecem escondidos em anexos
Dentro das palavras que não mais cessam
Até que toda a embolia as impeçam
De sair de um ser que só deseja ter consignatário
Treina dia após dia mais um gesto para seu inventário
Na esperança de obter uma resposta afável
Pois o silêncio será eternamente uma arma pouco dissociável

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