Sou só eu no meio desta escuridão
Não tenho crença, não tenho religião
Já estou destituída do que me faz crer que nada foi em vão
E assim ouço o silêncio, ao mesmo tempo que pára o coração
Cigarro este que me ilumina, que me apazigua
Em cima estão as estrelas, que será feito da lua?
Tento aquecer-me por entre os cobertores, mas estou nua
E sentir falta de alguém faz-me questionar porque algum dia quis eu ser tua.
Fora do meu mundo que tudo é, menos redondo
Ouvem-se gritos, que me fazem gemer, mas que já nem sondo
E com os pequenos rastilhos de tinta que me restam vou pondo
Aquilo que por dentro de mim fez com que desse um estrondo
"Será que algum dia vais mudar?" - perguntas tu com ar pouco optimista
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